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02/02/2018

Déficit da balança comercial de lácteos recua 7,4% em 2017

Exportação de produtos de valor agregado confirmam crescimento; embarque de queijos aumenta 37,5%

Brasília, 2 de fevereiro de 2018 – A balança comercial de lácteos fechou 2017 com um recuo de 7,4% no déficit em relação a 2016, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).  Houve uma redução de 15% nas importações, que passaram de US$ 658,37 milhões em 2016 para US$ 561,91 milhões em 2017. Já as exportações geraram um faturamento total de US$ 112,58 milhões, o que representa uma queda de 34% em relação aos US$ 173 milhões de 2016.

“O ano de 2017 teve dois diferenciais importantes. A Venezuela, mesmo continuando a ser o principal destino de lácteos brasileiros com US$ 16,97 milhões, perdeu significativa importância. Em 2016, aquele país representou pouco mais que 48% das exportações brasileiras de lácteos. Já em 2017 este percentual caiu para 15%. Além disso, o Brasil passou a exportar para 53 países (Venezuela, Arábia Saudita, Chile, EUA, Argélia e Emirados Árabes Unidos foram os principais), nove a mais do que os 44 do ano passado, fato que contribui para a desconcentração das vendas”, explica Marcelo Martins, diretor-executivo da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos).

Exportações

Os produtos de valor agregado confirmaram o crescimento no ano. O leite condensado fechou o ano no topo da lista, com US$ 39,96 milhões exportados em 2017, e superou o leite em pó integral no ranking de produtos comercializados, cuja representação no faturamento total passou de 47% em 2016 para 21% em 2017. Os embarques de leite em pó tiveram uma queda de 70,1% em relação a 2016, sendo que o seu total passou de US$ 80,6 milhões para US$ 24,1 milhões em 2017. Já a exportação de queijos, principalmente os processados, passou de US$ 13,2 milhões em 2016 para US$ 18,1 milhões em 2017, um aumento de 37,5% no faturamento e de 17,6% no volume, que chegou a 3,5 mil toneladas.

Para Martins, o Brasil deve apostar na exportação de commodities se quiser consolidar a sua posição no mercado internacional. No entanto, ele identifica entraves nesse cenário. “Tivemos um aumento de 4% na produção de lácteos em 2017 relação a 2016, mas não conseguimos embarcar o excedente porque o nosso preço de mercado interno está desalinhado em relação aos valores praticados no exterior. Em 2016, a diferença era de 70% e caiu para 25% em 2017. Por esse motivo, a única maneira de sermos competitivos é aproximar o nosso preço ao do mercado internacional”, avalia.

Em novembro, quando o preço do leite em pó nacional estava competitivo, o faturamento com os embarques deste produto totalizou praticamente US$ 7 milhões, que corresponderam a 2,3 mil toneladas, ou 42% do total exportado no ano.

Em parceria com a APEX-Brasil e o Ministério da Agricultura, a Viva Lácteos segue trabalhando pela abertura de novos mercados e participando em feiras para divulgar os produtos nacionais.

Importações

O aumento da produção e a baixa nas exportações fizeram com que as importações passassem de US$ 658 milhões em 2016 para US$ 562 milhões em 2017, o que representa uma queda de 14,5%. O leite em pó segue sendo o produto mais importado, mas a sua aquisição em 2017 totalizou US$ 332,2 milhões, uma redução de 20,4% em comparação aos US$ 417,3 milhões de 2016.

Dados da Balança Comercial de Lácteos Brasileira

1º Semestre (US$ Milhões) 2º Semestre (US$ Milhões) Total (US$ Milhões)
2016 2017 Variação % 2016 2017 Variação % 2016 2017 Variação %
Importações 268,5 334,2 24% 389,9 227,8 -42% 658 562 -14,5%
Exportações 62,7 65,5 4% 110,3 47,2 -57% 173 113 -34%
Saldo -205,8 -268,7 -279,6 -180,6 -485 -449

Fonte: Aliceweb/MDIC

Elaboração: VIVA LÁCTEOS

 

 

Informações para a Imprensa: MSLGROUP Andreoli
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Sobre a Viva Lácteos:

É a Associação da indústria de lácteos que tem como missão promover o crescimento e a produtividade do setor, permitindo assim melhora do ambiente de negócios, ganhos de produtividade e aumento da competitividade no mercado interno e externo, por meio da promoção às exportações. É composta por fabricantes de produtos lácteos (ALIBRA, AURORA, AVIAÇÃO, CCA, CAROLINA, CASTROLANDA, CATUPIRY, CCGL, DANONE, DPA, DAVACA, EMBARÉ, FRIMESA, FRÍSIA, FONTERRA, ITALAC, ITAMBÉ, JUSSARA, KERRY, LACTALIS, MOCOCA, MONDELÉZ, NESTLÉ, OUROLAC, PIRACANJUBA, POLENGHI, PORTO ALEGRE, REGINA, SCALA, SCHREIBER, TIROLEZ, VIGOR, VERDE CAMPO E YAKULT) e associações do setor, como a ABIQ (Associação Brasileira da Indústria de Queijo) e a ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida).