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23/05/2019

6 dicas de ouro de uma nutricionista para fazer seu filho comer melhor e ficar longe da obesidade

A alimentação das crianças é assunto sério! Durante os anos de crescimento, seu filho precisa ter uma alimentação saudável e rica em vitaminas, pois além de melhorar o desenvolvimento dele, vai diminuir a chance de doenças futuras.

Porém, a Organização Mundial da Saúde publicou em 2016 um relatório estimando que 41 milhões de crianças com menos de 5 anos apresentam sobrepeso ou obesidade.

Ana Paula Del’Arco, nutricionista e consultora da Viva Lácteos, explica que educar o paladar da criança desde cedo pode ser um dos caminhos para prevenir a obesidade infantil. “A alimentação adequada da mãe durante a gestação, o aleitamento materno e a introdução de uma alimentação complementar balanceada serão determinantes para o crescimento sadio da criança”

  • Aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade:

Amamentação exclusiva continuada até 2 anos é um dos fatores que diminui os riscos de obesidade. Além disso, o desmame precoce leva a uma introdução alimentar precoce, mas que pode ser inapropriada antes dos 6 meses. O desmame cedo também causa a introdução de fórmulas, que tentam se equiparar no valor nutricional ao leite materno, mas pode ter variação na quantidade de nutrientes, levando a obesidade no futuro.

Além disso, o uso de mamadeiras faz com que a criança não tenha o controle da própria saciedade, pois no peito ele mama e larga quando quer, enquanto a fórmula tem o limite da mamadeira. O leite materno tem aleptina, que é o hormônio que controla a saciedade, além de adiponectina, que controla a metabolização de carboidratos e está relacionada com as baixas incidências de obesidade. Segundo Ana Paula, há uma redução de 5% no risco de obesidade a cada mês que a mãe adia a introdução alimentar.

  • Introdução alimentar a partir dos 6 meses de idade

Além da necessidade nutricional e a importância do aleitamento, a criança precisa estar maior para ter introdução alimentar, pois a musculatura do pescoço precisa estar firme para auxiliar a uma deglutição melhor dos alimentos. Se ela engasgar ou ter dificuldade para engolir pode causar traumas logo cedo no seu filho, repercutindo no futuro e gerando uma criança seletiva, sem curiosidade de experimentar.

  • Introduzir diferentes tipos de alimentos saudáveis e nutritivos às crianças

É importante explorar cores, sabores e texturas variadas para seu filho conhecer desde pequeno. Não deixe de pretar atenção na capacidade de deglutição, vendo o tamanho das frutas, verduras, a textura, se está cozido, assim não causa um trauma. Fazer seu filho entrar em contato com os alimentos dentro da faixa etária para ter uma alimentação equilibrada. Assim, a criança não fica seletiva no futuro, evita monotonia alimentar e consumo não balanceado, pois pode causa desnutrição, mesmo que caloricamente abastecida, pode mascarar uma desnutrição.

  • Incentiva a curiosidade

É inato das crianças serem curiosas e muitas das descobertas são pela boca. Você deve incentivar as crianças a explorar os alimentos, cheiros, a textura. Ana Paula acredita que é muito bom se sujar assim, com os alimentos, conhecendo o suco da melancia, as papainhas. Vai desenvolvendo uma curiosidade e seguir o exemplo dos pais.

  • Não adicionar sal à alimentação

Crianças até 1 ano não devem ingerir sal. A recomendação da doutora é não adicionar sal à alimentação, pois os alimentos já possuem sódio e a quantidade é suficiente para criança e o bebê. O sistema renal não está 100% maturado. O sal pode influenciar a educação do palar, mascarando alguns sabores, deixar sentir o sabor dos alimentos. Mas pode ter temperos de ervas.

  • Não oferecer alimentos com açúcar

Crianças até 2 ano não devem ingerir açúcar. A recomendação é da OMS. Os alimentos são calóricos para crianças menores de 2 anos, gera excesso de energia e tem baixo valor nutricional. Está ligado à obesidade futura e risco de diabetes. É importante não saturar o paladar com algo muito doce, podendo tirar a sensibilidade para outros sabores.

Fonte Pais&Filhos