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19/02/2018

5 perguntas e respostas sobre bebidas vegetais

Brasília, 19 de fevereiro de 2018 – Bebidas vegetais chegaram aos supermercados para quem necessita de uma alternativa ao leite. Mas será que elas realmente podem substituir o leite? Ana Paula Del’Arco, nutricionista e consultora da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos), responde a cinco perguntas que ajudam a entender as suas diferenças.

1 – Leite vegetal é leite?

Não. O termo “leite vegetal” é utilizado de maneira errada. O correto é usar o termo “bebida vegetal” ou “extrato vegetal” para se referir a este produto, uma vez que é um extrato produzido a partir de alimentos como soja, arroz, aveia, coco, amêndoas, nozes, castanhas e até inhame.

2 – Qual é o mais nutritivo? Leite ou bebida vegetal?

Estes produtos não são comparáveis do ponto de vista nutricional, pois cada um deles pertence a grupos de alimentos diferentes, com origens bioquímicas distintas e que, portanto, entregam diferentes nutrientes ao corpo, cada um com seu papel dentro de uma dieta balanceada.

3 – Só o leite tem cálcio?

Não. No entanto, o cálcio do leite, além de ser intrínseco, apresenta maior biodisponibilidade, ou seja, é de mais fácil absorção e metabolização para o organismo que o cálcio das bebidas vegetais. No caso do leite, o cálcio é o nutriente mais conhecido, mas também possui outros elementos intrínsecos que contribuem para o bom funcionamento do organismo. O fósforo ajuda a fortalecer os ossos e protege a membrana das células; o magnésio participa no metabolismo de energia; a vitamina A atua na visão e no crescimento das células; já as vitaminas do complexo B atuam no metabolismo energético e neuromuscular, enquanto a vitamina B12 contribui para o aumento de glóbulos vermelhos. Vale também destacar que o leite é fonte riquíssima de proteínas de alto valor biológico.

Já nas bebidas vegetais, suas principais características nutricionais são fornecidas pelo vegetal que lhe serve de base. Depois, elas podem receber outros complementos, fortificações em seu processo de fabricação, como sais de cálcio.

4 – A gordura do leite faz bem à saúde?

Sim. Os ácidos graxos das famílias Ômega 3 e 6, encontrados na gordura poli-insaturada dos lácteos atuam, principalmente, na prevenção de doenças cardiovasculares e impedem o acúmulo de gordura nas artérias. O ácido linoleico conjugado (CLA) pertence à família Ômega-6 e atua na redução do colesterol total, LDL-colesterol (conhecido como mau colesterol) e triglicérides, assim como o ácido graxo oleico, que representa 25% do total da gordura do leite.

5 – E para quem tem alergia ou intolerância à lactose?

Quem tem alergia à proteína do leite de vaca não pode consumir produtos que têm como base o leite de vaca. Nesse caso, as bebidas vegetais podem aparecer como alternativa. No entanto, é recomendado haver acompanhamento nutricional para garantir uma dieta equilibrada.

Para quem tem intolerância à lactose, ainda é possível consumir lácteos que tenham menor quantidade de lactose, como queijos e iogurtes, ou leite de origem animal sem lactose.

“Cada uma destas bebidas vegetais pertence a um grupo de alimentos, com suas próprias características bioquímicas e, por isso, entregam diferentes nutrientes ao corpo. Quando as comparamos com o leite, vemos que este apresenta maior densidade nutricional, tanto pela biodisponibilidade de cálcio, quanto à sua quantidade de nutrientes. Por isso, não devem ser comparados. Ainda assim, é sempre importante destacar que o equilíbrio entre os nutrientes que compõem a alimentação de cada indivíduo é o principal fator para uma dieta saudável”, explica Ana Paula.

Informações para a Imprensa: MSLGROUP Andreoli
Camila Holgado – camila.holgado@mslgroup.com – (11) 3169-9322
Leandro Bornacki – leandro.bornacki@mslgroup.com – (11) 3169-9359
Renato Fugulin – renato.fugulin@mslgroup.com – (11) 3169-9318

Sobre a Viva Lácteos:

É a Associação da indústria de lácteos que tem como missão promover o crescimento e a produtividade do setor, permitindo assim melhora do ambiente de negócios, ganhos de produtividade e aumento da competitividade no mercado interno e externo, por meio da promoção às exportações. É composta por fabricantes de produtos lácteos (ALIBRA, AURORA, AVIAÇÃO, CCA, CAROLINA, CASTROLANDA, CATUPIRY, CCGL, DANONE, DPA, DAVACA, EMBARÉ, FRIMESA, FRÍSIA, FONTERRA, ITALAC, ITAMBÉ, JUSSARA, KERRY, LACTALIS, MOCOCA, MONDELÉZ, NESTLÉ, OUROLAC, PIRACANJUBA, POLENGHI, PORTO ALEGRE, REGINA, SCALA, SCHREIBER, TIROLEZ, VIGOR, VERDE CAMPO E YAKULT) e associações do setor, como a ABIQ (Associação Brasileira da Indústria de Queijo) e a ABLV (Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida).